Como fazemos nossas escolhas amorosas?

Padrões. Eles estão em todos os lugares. Padrões de ações, protocolos, maneiras como fazemos as coisas. Padrões de relacionamentos. Não sabemos por que escolhemos, mas sempre acabamos atraindo aquela pessoa que, de alguma maneira, se parece com a anterior. Uma vez atendi um homem que atraía várias mulheres com a mesma doença. E não, não era uma coisa comum como diabetes, era uma doença bastante rara e incomum. Mas, fora esse caso mais bizarro, vejo sempre vários padrões se repetindo.

Atendo mais mulheres. E sou uma, então vamos falar delas. Já atendi mulheres que só conheciam homens casados. Outras que só se aproximavam de homens ciumentos ou que tinham algum tipo de vício, como drogas ou álcool. Mas por que algumas mulheres têm a síndrome do “dedo podre”, e outras só arrumam bons partidos? O que acontece?

Pois é, nossa mente é brilhante. E quando ela cria um padrão, até para economizar energia, ela sempre busca pessoas com aquele padrão. Pior, mesmo que a própria pessoa esconda ou que você não perceba. A energia e a linguagem não verbais são lidas pela nossa mente, e rapidamente selecionamos o ser humano. Isso acontece muito com mulheres que só atraem casados, mesmo que eles finjam que não são, e finjam muito bem.

E como elas criam esses padrões? É exatamente aí que está o problema e que precisamos nos concentrar. A maioria desses padrões é criada na nossa infância. Nos moldamos nos relacionamentos que vemos ao nosso redor, principalmente dos nossos cuidadores. Cuidadores são as pessoas que cuidam de nós – nossos pais ou avós, por exemplo. Na realidade, moldamos nossos relacionamentos amorosos fazendo uma colcha de retalhos do que vemos na infância. E é por isso que é tão complicado romper os padrões.

Os padrões só podem ser curados. Se eles não foram identificados e curados, não adianta. Não adianta fazer um lindo discurso para aquela sua amiga que sempre pega os “boy lixo”, aquele lindo discurso motivacional do quanto ela é maravilhosa e merece algo melhor. Acredite, ela sabe disso. A questão não é saber. É conseguir quebrar o padrão e conseguir passar a achar interessantes pessoas que agem e pensam diferente daquilo.

E como resolver isso? Muita terapia. Muito autoconhecimento e uma avalição profunda dos seus padrões. Como era a relação dos seus pais? Ou avós? As pessoas que vemos na infância também moldam nosso inconsciente quando a questão é escolha amorosa.

Então, em vez de se condenar a ser a “dedo-podre”, apenas reflita sobre essas questões. Olhe para dentro de você mesma e perceba o que precisa ser mudado aí dentro. Tenho certeza de que, quando isso mudar, os padrões mudam, e a vida amorosa também.

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