Dando um “upgrade” na autoimagem

Se amar não significa estar de bem consigo o tempo todo! Ninguém está completamente feliz com seu corpo e não há nada de errado com isso. O grande segredo é você amar o seu corpo e aceitar os seus "defeitos" porque eles são parte de você, e tudo o que faz parte de você é único e especial.

Direto ao ponto 

Entenda como você pode fortalecer a sua relação consigo com os textos abaixo!

A relevância da autoimagem 

Autoimagem é a descrição que a pessoa faz de si mesma. Há nisso uma parte que lhe dá um senso de valor pessoal, ou o conceito que a pessoa tem de si, que é a autoestima. Este é um tema que parece “antiquado”, mas, a visão da maioria ainda é superficial. De mais a mais a autoestima se constrói em um processo contínuo de amadurecimento e consciência.

A cada momento - e de acordo com as diferentes abordagens - temos melhores condições de perceber como nos consideramos. Daí temos insights a respeito do quanto confiamos em nós e de como agimos em função disso.

Você certamente já ouviu este tipo de conselho “Você tem que se amar…”, aí você responde “Aham... Verdade!”. Precisamos amar a nós mesmos, mas será que sabemos como amar de verdade? Aliás, se este aprendizado fosse levado às crianças não há dúvidas de que obteríamos ótimos resultados.

Ainda, pode parecer que “tá na cara” quando a pessoa tem boa opinião sobre si mesma, mas podemos nos surpreender! Gente bonita e elegante vive “se pegando no pé” porque julga que está com uns quilinhos a mais ou porque tem nariz “adunco”. Isto é corriqueiro! Até porque a autoimagem é costumeiramente deturpada pelo “padrão televisivo de beleza”.

Mulher magra puxando 'pneuzinho' da barriga.

O criticismo gerado pela comparação ao “modelo ideal” não nos permite enxergarmo-nos de verdade e, ainda por cima, cria deformações e posturas submissas e deselegantes. O perfeccionismo e o “ideal” são os grandes inimigos que minam o “amor a si mesmo”. 

Nas relações familiares ou de amizade é que mais nos sabotamos. Sem nos darmos conta, queremos ser simpáticos para isso “forçamos a barra” e nos controlamos. Lá no íntimo, há uma crença que se formos naturais e soltos mostraremos um lado antipático e daí seremos rejeitados. Sem perceber estamos ancorados em uma “maldade” que é a autorrejeição - a autorrejeição é a maior causa dos insucessos, das relações desencontradas e das contrariedades.

Não é difícil perceber o quanto a pessoa que faz para agradar provoca repugnância. E ao contrário, a pessoa “desencanada” é extremamente atraente.

A boa autoestima é gerada por posturas que podem ser aprendidas. E é disto que vamos falar a seguir! 

Os fundamentos da autoestima 

Agora, vamos esmiuçar os fundamentos de uma boa autoestima. Cada um destes itens merecem renovadas reflexões, pois são instrumentos fabulosos de crescimento e harmonização.   

A auto-observação é o primeiro passo para uma vida consciente. Observar a si mesmo possibilita a criação de um arsenal de pontos de vista, que nos tornarão flexíveis. Com um leque maior de posturas e respostas, acabamos por desenvolver a lucidez. 

O segundo passo é a autorresponsabilização: que é uma forma de sair do lugar de impotência para retomar o poder. Veja bem, não é culpar-se por tudo que acontece, é saber que de alguma forma você tem criado seu destino e por este mesmo motivo você pode criar resultados melhores. A afirmação diante de cada situação da vida:  “Fui eu que fiz!”, traz para si o poder e a autovalorização - Se você reconhece seu potencial de criar, ainda que seja algo insatisfatório, você adquire autoconsideração e valor, fator fundamental para a prosperidade - Este tópico foi abordado no artigo “Aprenda a disciplinar sua mente”.

O terceiro passo é a aceitação. Tendo observado, encarado sua realidade e se responsabilizado é condição indispensável que aceite suas circunstâncias para poder transformá-las. Aceitar não é concordar nem se resignar, é sim criar uma disposição de paz com a conjuntura para poder confrontar e transformar seus pontos fracos.

Entenda a relação entre espiritualidade e autoestima

Aí tem uma questão que pode ser enganosa: não sabemos exatamente quais são nossos pontos fracos. Quando temos a intenção de “melhorar” acabamos por fazer o inverso. Achamos que ser uma pessoa madura é se tornar compreensiva, paciente e caridosa com os outros e não é nada disso. Cada um tem um temperamento que pode ser aprimorado, mas este aprimoramento deverá começar  de si para si. Daí sim o tratamento que se dará aos outros evoluirá naturalmente. 

Tornar-se uma pessoa madura tem a ver com estar atento às próprias necessidades, percebendo que a vida social exige ser esperto e lúcido para não se deixar invadir e manipular. Não adianta tentar melhorar nada lá fora! “Quando você se acerta por dentro as coisas de fora, o ambiente, as pessoas e as situações se consertam!”.

Francamente, esta é uma das grandes chaves para a transformação de nossas vidas! 

O peso da aceitação 

Jovem mulher escrevendo afirmações em caderno. Exercício de autoestima.

Que tal fazermos um exercício que ajudará na aceitação e desenvolvimento da sua autoestima? Complete as afirmações abaixo 

Se eu aceitasse que eu sou especialmente diferente eu pararia de...  
Se eu aceitasse meus verdadeiros sentimentos e me desse total crédito, eu...
Se eu realmente me quisesse bem e me colocasse em primeiro lugar eu pararia de...
Se eu parasse de considerar o que os outros falam e olhasse com meus próprios olhos eu...
Se eu parar de dar apoio aos outros para cuidar de mim eu...
Se eu me acostumar a dizer sim para mim -  e não para os outros - eu...

Ao completar as afirmações acima, você refletiu sobre pontos importantes:

1.  Em que você talvez desse mais valor às percepções alheias e ignorasse seu próprio sentir. Todos nós podemos nos abastecer de conteúdos que nos tragam discernimento, seja através de pessoas, livros ou cursos, mas tudo deve passar pelo crivo do  bom senso, caindo fora das “alucinações” que o povo está inserido. Você já reparou? Tem orientador para tudo, desde os catedráticos que têm “respaldo científico” àqueles que se dizem “intuídos”. Mas, por ignorância ou conveniência, descartam a Individualidade.

2. Em que se deixasse de lado para cumprir “conveniências” sociais. Que nada mais são do que fazer pelo outro esperando receber algo em troca. Este é um jogo que, em geral, não traz os resultados esperados pelas seguintes razões:

  • Porque se está focado em uma “previsão negativa”, ainda que subliminar ou semiconsciente, que você precisará da ajuda do outro, ou porque se vê como dependente.

  • Não foi um acordo “declarado” em que as duas partes estavam cientes das suas “obrigações”.

  • Fazem-se pressuposições que resultam em decepção.

  • É comum vestirmos o “papel social” que é a maior causa da infelicidade. Neste lugar deixamos de lado a essência, e por isso nos distanciamos do outro. Além disso, outras vezes, por termos sido ajudados nos sentimos gratos e “firmamos” um compromisso. Até que “cai a ficha” de que não faz mais sentido.

Ao começar a dizer “não” para aquilo que não se está interessado, você pode se surpreender com o alívio que sentirá. Assumida a nova postura você será mais respeitado. Desde que, você fique esperto e não deixe a cabeça “cobrar” as velhas posturas!

A importância da autoafirmação 

Vamos retomar os passos que já aprendemos. Estamos ligados ao que se passa na mente e no que está rolando lá fora, assim como, em como estamos nos comportando diante das situações, “na boa”, sabendo que tudo que rola é gerado por condicionamentos e, neste instante, decidimos nos dar total apoio.

Afirmar-se é: estar ao lado, se dar ouvidos, é oferecer os ombros quando for preciso, é se proporcionar estímulos, se “pegar” de jeito quando estiver extrapolando na queixa e no “corpo mole” e reconhecer a boa vontade e os pequenos acertos ou, no mínimo, as tentativas.

Turbine amor próprio com o poder desses cristais 

Você já reparou que há gente fazendo sucesso com coisas de todos os tipos, e cá para nós, com produções de qualidade extremamente duvidosa? Você já se perguntou a causa disso? 

Ao que parece quanto mais “relax” e “desencanado”, mais a coisa anda. Pode notar, aquele que gosta do que faz, assume os próprios projetos a despeito de todas as opiniões contrárias e se diverte, acaba saindo na frente. Isto nos faz concluir que o reconhecimento dos próprios atributos gera melhores resultados do que a excelência. Inclusive, no processo de elaboração de um trabalho, o fator capricho traz bons efeitos porque gera prazer, já a autocrítica exagerada traz autossabotagem.

Vamos aproveitar o tema para através do exercício seguinte aprender a dar reconhecimento a si próprio.

Encontre motivos, ainda que “pequenos”, para dizer para você as seguintes qualidades de você para com você mesmo. Qualidades a evidenciar, tais como: pontualidade, concentração, cuidado, carinho, capricho, disciplina, dedicação, delicadeza e boa vontade.

Faça frases de reconhecimento como as dos exemplos abaixo:

- Eu fui trabalhar de carro e peguei um trânsito maluco. Tive que estar bem concentrado. Eu reconheço que estou aprimorando minhas habilidades!

- Estou me exercitando três vezes por semana. Fico feliz por estar sendo carinhoso comigo.

Dedique-se a encontrar novas qualidades em você e perceberá que a vida responderá com formas inusitadas de premiação.

Autointegração: entenda o que é 

Recapitulando: aprendemos a nos observar, nos responsabilizar, nos aceitar, nos afirmar. 

No processo de expansão da consciência nos deparamos com partes nossas que até então não conhecíamos - estruturas universais aparentemente contraditórias de identidade, ou subpersonalidades - tais como, dominador e dominado, herói e vilão, velho sábio e criança. 

Estas “partes” permeiam as nossas atitudes cotidianas. Vamos a um exemplo: A pessoa que é severa consigo mesma, exigindo uma conduta de perfeição está identificada com o mito do “dominador”. Por causa disto, ela acaba revelando uma parte que denominamos “dominado”, ou “impotente” que é o extremo oposto. O impotente é aquele que para não ser dominado pelo dominador, domina pela preguiça, pela inação, pela incompetência.

Gosto de uma analogia que compara o inconsciente a um leito de rio que secou. E assim, o montante de água (emoção) que corre por este leito tomará a forma de seus contornos. Esta ilustração demonstra o fato de que um núcleo de crenças repressoras contamina todos os aspectos da vida do indivíduo.

Aprenda 3 passos que te ajudarão a desenvolver sua autoestima 

Em nossos relacionamentos projetamos estas “partes” e daí a coisa aparece exagerada no outro, para que nos incomodemos e as reconheçamos. Mas, cá para nós, quem inventou esta estória de projeção deve ser sádico!  Ou, o mais provável, queria dar trabalho para quem não teria o que fazer por aqui! Bem, mas já que o jogo é este, vamos em frente!

Discussões, projetos que se complicam, “rolo” na vida amorosa, são resultados da “não consciência” destas “partes”.  Imaginemos que você esteja planejando se mudar e para isso está contratando uma equipe de decoradores para sua nova casa. E sem se dar conta você se ressente por estar apegada a uma mobília que pertenceu a sua tataravó. Seu instinto de proteção sabe deste sentimento que resiste a descartar a mobília da velhinha, então para impedir que você sofra, ele cria todo o tipo de “rolo” naquilo que envolver sua nova casa, e no quesito decoração vai dar todo o tipo de “zebra”!
 
Na pessoa “integrada” as partes coexistem e se mesclam trazendo harmonia, pois cada “parte” tem algo importante a contribuir. A conscientização destes mecanismos é o caminho para uma vida feliz. Esta é a busca a ser empreendida por todos nós, mesmo que sob protestos!

Conceito de autointegração. Pessoas juntas montando quebra-cabeça.

Portanto, estar íntegro é ser capaz de agregar, absorver, assimilar, compor e incluir todas as “partes” de si, sendo flexível e criativo para aplicá-las na vida com equilíbrio.

O indivíduo “integrado” possui varias características, dentre elas:

     1.  Viver intensamente o momento presente, o que por si só já significa um bem estar incomum;

     2.  Abertura à experiência. Que leva a estar receptivo ao conhecimento, a novas oportunidades e aventuras, sem bloqueio de seus potenciais;

     3.  Confiança crescente na capacidade de tomar decisões.

Melhore sua autoimagem com o controle

Dando continuidade ao tema Integração, vamos falar do maior impedimento a ela que é o “Controle”. Controle é uma atitude que provém do ego, ou da mente inferior que pretende ilusoriamente orientar e definir coisas completamente “incontroláveis”, tais como pretendermos:

1. Prever o que vai nos acontecer daqui a pouco;

2. Controlar o que os outros vão pensar de nós;

3. Prevenirmo-nos de coisas que tememos que nos aconteçam;

Vamos, então, criar um contraponto com o Domínio (Eu Consciente): Ao dirigirmos nosso carro temos que estar atentos para tudo o  que se passa no trânsito, exercendo o domínio da situação. Manejamos os controles do carro, volante, câmbio e pedais, de acordo com as condições que as regras de trânsito, a estrada, o clima, a movimentação das pessoas e o fluxo de veículos nos permitam. Na vida, como ao volante, sofremos condicionamentos que fazem parte do contexto, e o que temos a fazer é saber nos conduzir da melhor forma nas circunstâncias existentes.

O “Controle” é uma atitude que tem sua raiz - e a mantém - na crença, no erro. Sem nos darmos conta, há uma crença que as pessoas bem sucedidas só acertaram. Seriam pessoas, sabe-se lá, mais inteligentes, “privilegiadas”, ou teriam nascido “viradas para a lua”, ou advindas do Olimpo. Sendo que é indiscutível que estas pessoas, geralmente, demonstram capacidades notáveis, principalmente, de terem sustentado seus objetivos. Mas, seria possível que estas capacidades aparecessem do nada? Que tudo que elas fizeram foi por puro golpe de sorte? 

Bem, há casos e casos, sem sombra de dúvidas. Mas, que a vida é exigente e que cada um passa seu pedaço, ninguém pode discutir. Ademais, observando-se a vida destas pessoas seria possível descobrirmos que o “erro”, ou a experimentação, na grande maioria das vezes, foi a maior “obsessão” de suas vidas. Basta conhecer biografias de gênios como Thomas Edison, Helen Keller ou Louis Braille para se avaliar o que expomos.

Na mente coletiva existe o pensamento de que é errado errar e que merecemos punição por isto. Mas, mais do que abominarmos o erro, tememos as reações a ele, que vão desde a frustração, a decepção, a culpa e o fracasso.

Mulher com a mão sobre o rosto, com feição de decepção, após cometer erro.

Não temos a exata dimensão do quanto o medo de errar nos impede de arriscar.  Não atingimos a expressão dos nossos talentos, por medo de como nos trataremos se algo não der no que imaginamos.

Em consequência, somos pessoas profundamente vulneráveis à exposição. Para não sermos criticados, não nos permitimos a “presença” de espírito, ou espontaneidade. Daí procuramos compensar nos justificando, explicando e nos distraindo. Assim, o medo do vazio nos leva diretamente a ele.

Nos vemos em uma encruzilhada em que temos que tomar uma decisão como a da armadilha que os povos nativos preparam para caçar macacos:

Elimine de vez esses comportamentos que geram baixa autoestima

Em uma cabaça eles fazem uma abertura grande o suficiente para que o macaco consiga enfiar a mão dentro dela. Depois, prendem a cabaça no chão e colocam dentro dela algo que atraia o macaco, geralmente uma fruta como, por exemplo, uma banana. O macaco tolo agarra a banana, mas com a mão fechada, não consegue tirá-la dali. Ele não larga da banana e, assim, fica preso na armadilha.

Para não agirmos à semelhança do macaco, temos que nos fazer a pergunta: O que vale ser feliz ou estar certa? Se, no entanto, você preferir estar certa, acostume-se ao erro, pois quanto mais se foge, mais se depara com ele. Agora, se quiser a modéstia de ser feliz a despeito de tudo, acostume-se a repetir diante do erro: “Bobagem!”.

Quando a cabeça pegar no pé, se dê a chance de escrachar, não se leve tão a sério e repita:

- Não senhor! Desse jeito eu não funciono bem, assim eu não aceito mais!.  

- Não obedeço! Eu não funciono assim!.

- Não é errado errar! Eu não preciso explicar, e não conserto nada. Não preciso estar certa!.

- Minha motivação é que me leva em frente!.

- Eu faço as coisas pela consciência!.

Este tópico termina a série Autoestima. Obviamente, nossos temas estarão sempre nos envolvendo para a criação e desenvolvimento de habilidades, que incrementarão a nossa autoestima. Até a próxima!

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