Quem foi Pitonisa?

Nas civilizações antigas, os sacerdotes e os oráculos tinham o importante papel de prever o futuro e servir de ponte entre o homem e os deuses. Em uma dessas civilizações, na Grécia antiga, existia uma classe de sacerdotisas que eram muito admiradas e respeitadas: as pitonisas.

A Grécia era um lugar com crenças em diversos deuses. Cada deus tinha o seu próprio templo de adoração e neles trabalhavam os seus mais fiéis seguidores. Entre esses deuses, se destacava Apolo, o deus solar grego.

De acordo com as lendas e histórias gregas, quando o mundo passou por um dilúvio, surgiu uma imensa cobra da lama que sobrou após esse desastre épico. Essa cobra se chamava Píton. Sabendo do poder da cobra, Hera, uma das deusas gregas, mandou essa serpente seguir a ninfa Leto. O que ela não tinha pensado é que Leto estava protegida. Seu filho, o deus Apolo, carregava um arco e flechas em uma quantidade suficiente para matar a cobra. E assim ele o fez.

A história do sucesso da batalha de Apolo contra a grande cobra Píton se espalhou e a população começou a chamar o deus de Pítio. Apolo, além de ser bom com o arco, também era o deus da divinação e alguns de seus seguidores poderiam adquirir o dom do oráculo, passando a prever o futuro. Mas nada era fácil. Diversas provações e uma vida de restrições estavam pela frente de quem seguia esse caminho. Foi nesse momento que surgiu a classe de sacerdotisas chamadas de pitonisas.

As pitonisas trabalhavam no famoso oráculo de Delfos, um dos mais prestigiados daquele tempo, e entravam em estado de transe para fazer as suas divinações. Para aprender todo esse poder, as candidatas a pitonisas deviam ser castas e ter desapego a qualquer assunto material, além de serem discretas.

O trabalho delas era tão admirado quanto difícil, por isso dizem que elas só faziam consultas uma vez ao ano, sempre no início da primavera. O que elas revelaram para os antigos gregos é um mistério para nós, mas os mitos e lendas gregas nos inspiram a imaginar que muitos segredos foram revelados por essas admiráveis sacerdotisas. 

Confira também: