Respeite sua sensibilidade

Estava fazendo um atendimento outro dia, quando a cliente disse que se sentia estranha perto de aparelhos eletrônicos. Ela sente uma ranhura na garganta, uma leve dor de cabeça. Ela demorou para entender isso. Estava se sentindo meio maluca, quando eu falei que era só a sua sensibilidade. E tudo bem.

Todos temos algum tipo de sensibilidade. Ela pode ser física, emocional ou espiritual até mesmo. Mas por que é tão difícil aceitar esses nossos “calcanhares de Aquiles”?

Mulher com mãos nos cabelos.

Vivemos em um mundo em que precisamos ser fortes. Isso é bem verdade. Mas, mesmo sendo fortes, algumas partes nossas poderão ser diferentes, esquisitas. A sensibilidade da minha cliente não é comum, mas é normal. Existem pessoas com sensibilidades alimentares – quem nunca ouviu sobre o caso da menina com tanta alergia a amendoim que morreu porque beijou um menino que tinha ingerido esse alimento?

A questão é que a nossa sensibilidade tem uma função nas nossas vidas. Ela pode querer dizer que você precisa tomar alguns cuidados, ter alguns limites. Ou ela pode só querer que você olhe para si mesmo, e isso é bem legal. O problema é quando não percebemos, simplesmente porque não aceitamos que temos uma vulnerabilidade.

Isso acontece com sentimentos. Algumas pessoas ou situações nos deixam mais sensíveis, e não conseguimos lidar. Eu mesma não pego casos de pedofilia, não trato pessoas com esse traço. Eu não consigo. Mesmo que seja uma pessoa pedindo ajuda, não querendo mais sentir isso, para mim é impossível. É a minha sensibilidade.

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Às vezes, pode parecer legal você tentar enfrentar. A sensibilidade pode ser só algo que você precisa enfrentar e conseguir ultrapassar. Nesses casos, a sensibilidade pode vir com uma sensação de medo e angústia. Uma ansiedade quando precisamos enfrentar algum desafio. Nesse caso, é importante que a gente avalie se é só um medo ou se estamos diante de uma sensibilidade real.

Parece que ser sensível é uma coisa ruim. Na realidade, só é uma coisa ruim quando não aceitamos e, consequentemente não aprendemos a lidar.

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