Vítima ou autor, para onde vou?

Você se considera o protagonista de sua história? O dono do seu destino? Ou um injustiçado pela vida? Sente pena de você e acredita que o outro é o responsável por suas não colheitas?

Há pessoas que buscam sua melhoria e seu amadurecimento psicológico. Outras escolhem caminhos que poderão levá-las à fuga de seus problemas, como direções ilusórias, álcool ou drogas.

É fato que os desafios e as intempéries sempre existiram e existirão enquanto vivermos neste mundo. A forma como escolhemos lidar com eles, sem dúvida, nos trará consequências positivas ou negativas. Isso está descrito nas palavras do poeta chileno Pablo Neruda: "Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro de suas consequências".

É importante lembrar ainda que somos os únicos seres vivos capazes de escolher por nós mesmos. E que a visão de acerto ou erro de nossas ações depende do nosso próprio julgamento. Este poder de decisão nos oferece a liberdade de ir e vir. Liberdade está que nos dá a sensação de prazer em exercê-la e, por outro lado, a angústia de perceber que toda escolha tem uma perda.

Meu primeiro livro "Faça escolhas, não terceirize sua vida" nos possibilita a leitura de vários textos para que possamos refletir sobre a demanda da sociedade pós-moderna, a urgência em administrar o tempo e as prioridades para fazermos nossas escolhas com responsabilidade e ainda para nos empoderar sobre a decisão de para onde vamos e de que forma.

Quando o indivíduo não adquire este amadurecimento e ainda não consegue fazer uma avaliação saudável sobre seu convívio familiar e social e não tem a crença de que as consequências de suas escolhas são exclusivamente de sua responsabilidade, ele se torna vítima das relações que estabelece com os outros e suas decisões tornam-se cada vez mais difíceis. Logo, seus pensamentos e emoções em desequilíbrio não são a melhor base para suas escolhas.

Esta pessoa acaba sendo reconhecida pelo atual e famoso "mimimi", expressão usada na comunicação informal para pessoas que passam a vida reclamando. São as vítimas interagindo constantemente com seus algozes.

Que apresentam como característica também um grande pessimismo, destacado no conhecido e comentado desenho da Hanna Barbera. Tendo como personagens principais o leão Lippy e a hiena Hardy. Hardy, com todo o seu pessimismo, nunca acreditava que teriam sucesso em seus planos mirabolantes. Nessas horas, ele dizia a famosa frase: "Ó céus! Ó vida! Ó azar! Isto não vai dar certo!".

Uma possível direção a seguir para que este indivíduo adquira esta maturidade é a busca do autoconhecimento e da espiritualidade. Com esta parceria, apresenta-se uma melhor forma de relacionar-se com os outros, com maior equilíbrio e consciente em relação a fazer sua parte e não criar expectativas sobre a ação do outro e se frustrar a cada criação não atendida, levando-o a estabelecer relações mais saudáveis.

Sem dúvida, a felicidade é sempre a busca de todos. E, quando você se sente com as rédeas de sua vida em suas mãos, esta sensação de bem-estar ou contentamento é inevitável. O autor ou protagonista de sua vida tem o poder em suas mãos e só ele pode criar sua realidade e escolher para onde ir.

Pergunte a você mesmo e veja se estes questionamentos podem ajudá-lo.

  • O que posso fazer para resolver este problema da melhor maneira possível?

  • Qual o aprendizado que esta dificuldade me oferece?

  • Quem poderá me auxiliar a resolver esta questão?

Quem quer ser o protagonista de sua história, além de fazer suas escolhas, tem que aprender a não ser reativo. Antes de reagir, refletir. Não é porque tem consciência e ação para qual caminho seguir que pode falar o que pensa a quem quiser. Esta ação não contribui para que o ambiente que vive se torne saudável e prazeroso.

Quem assume o poder de sua vida viverá momentos em que renunciar será melhor que escolher, mas, se tiver que escolher, estará pronto, entendendo que toda escolha anuncia uma renúncia. Assumir o poder de sua vida é uma verdadeira libertação.

E você, o que pensa sobre isso?

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