Quíron na Casa 7 é um posicionamento que pode aparecer no Mapa Astral de alguém. Mesmo não tendo a mesma fama que elementos como signo solar, Ascendente e Lua, ele é muito importante em nossa vida, sobretudo porque representa nossas feridas e fragilidades mais profundas.
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A Casa 7 rege as relações, as parcerias e as várias formas de colaboração. Assim, ao se posicionar sobre ela, Quíron abala essa área, trazendo grandes dores em concretizar relacionamentos e sofrimento por meio de nosso parceiro. Desvendar esse posicionamento ajuda a equilibrar as trocas e a regenerar a confiança.
Neste artigo, vamos falar dessa associação e tudo que ela envolve: a história de Quíron e o papel dele na Astrologia, as áreas tocadas pela sétima casa, bem como os desafios a serem vencidos para que a cura seja efetiva. Siga com a leitura e não perca nenhum detalhe!
Quíron no Mapa Astral
Em nosso Mapa Astral, Quíron representa as experiências de sofrimento que constituem nossa identidade. Mas também faz da dor uma chave para abrir as portas para a transformação, o equilíbrio e a paz interior, trazendo a chance de aprimorarmos o autoconhecimento e evoluirmos.
Nessa missão, Quíron traz à tona tudo aquilo que mais nos causa dor, mexendo com aspectos de extrema sensibilidade. Só que, mesmo ferido, ele clama para que nos enxerguemos com atenção, empatia e generosidade, a fim de que as mágoas, feridas e sofrimentos sejam pacificados.
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As dores associadas a Quíron variam conforme o signo e a casa em que ele se posiciona. As mais comuns são as feridas espirituais, as feridas de vidas passadas (aquelas “herdadas” de outras vivências), as feridas físicas, as feridas emocionais e as psicológicas.
Ele age como um médico, pois auxilia no tratamento da dor, e como professor, já que nos ensina que, se não nos atentarmos para ela, os desgastes serão muito maiores. Portanto precisamos mexer, sim, na ferida e nos cercarmos de recursos que ajudem a sará-la, de forma que ela não traga novos traumas.
O conto de Quíron
Quíron é um corpo celeste da classe dos centauros – pequenos corpos do Sistema Solar com órbita entre Júpiter e Netuno. Descoberto pelo astrônomo norte-americano Charles Kowal em 1977, recebeu esse nome graças a seu homônimo, o centauro mais famoso da mitologia grega.
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Filho da oceânida Filira e do deus Cronos, Quíron foi rejeitado por sua mãe, que tinha vergonha de sua aparência (metade homem, metade cavalo) e temia que ele fosse um ser brutal. Então o abandonou na base do Monte Pélion.
Mas Quíron era civilizado e bondoso, muito diferente dos outros centauros. Tocado por suas virtudes, Apolo o adotou e o instruiu com inúmeros conhecimentos (música, poesia, caça, lei, ética e medicina). Quíron tornou-se mentor de vários heróis, como Hércules, Aquiles e Ajax.
A analogia do curador ferido vem do evento em que ele foi acidentalmente atingido pela flecha de Apolo, envenenada com o sangue da Hidra de Lerna. O veneno era incurável, e nenhum dos seus remédios conseguiu eliminá-lo. Como Quíron era imortal, viveu com uma dor excruciante por anos.
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O sofrimento era tão insuportável que ele esperava morrer um dia, mesmo isso não sendo possível. Até que surgiu uma chance de alívio, por meio de Prometeu, condenado a uma tortura eterna por ter roubado o fogo dos deuses e dado à humanidade.
Com pena, Hércules tentou intervir junto a Zeus para que o castigo fosse cessado. Porém o deus alegou que a libertação de Prometeu só ocorreria se Hércules sacrificasse sua vida por ele. Ao saber disso, Quíron ofereceu a própria imortalidade. O que não só salvou Hércules e Prometeu, como também o libertou da dor.
A nobre ação de Quíron – o único imortal a abdicar da própria vida pelo bem alheio – fez com que Zeus o homenageasse criando a constelação de Centauro (em algumas fontes, Sagitário) e colocando sua imagem nas estrelas.
A Casa 7 na Astrologia
Essa é uma das quatro casas angulares – as que regem as áreas básicas de nossa vida. Ela marca todas as formas de relação e parceria. É uma casa de convivência, onde partilhamos experiências. Em sua cúspide, está o Descendente, ângulo do Mapa que expressa aquilo que buscamos nos outros.
Essa casa fala de relações afetivas (cônjuges, noivos, namorados, amantes – e até mesmo aquele nosso “crush” e a possibilidade de interesse ou não) e cooperativas (sócios, contratos, parceiros comerciais, clientes, atendimentos etc.). Por reger nossas parcerias comerciais, também abrange os processos e as questões legais.
Como um espelho da Casa 1, ela traz o antagonismo (inimigos declarados, como desafetos, concorrentes, adversários, potenciais agressores etc.) e uma imagem projetada de nós mesmos, fazendo com que vejamos no outro traços nossos que não conseguimos perceber sozinhos.
Os elementos aqui posicionados é que vão definir, por exemplo, o tipo de parceiro que escolheremos para a vida a dois, que parâmetros estabelecemos em nossas parcerias de trabalho, se costumamos colocar muita expectativa sobre os outros e assim por diante.
O que significa Quíron na Casa 7?
Na Casa 7, Quíron abre feridas ligadas às nossas relações pessoais. A pessoa com esse posicionamento pode se sentir isolada e insegura quanto a se relacionar com os outros, muito provavelmente devido a experiências dolorosas na infância, em que possa ter sido rejeitada ou mesmo sofrido alguma agressão.
Pode ser que ela tenha vivenciado relações tóxicas ou passado por situações de quebra de confiança, em que se viu desamparada, sozinha e sem alguém seguro para confiar. Trocas e parcerias desonestas também tendem a ser uma experiência na vida dessa pessoa, num passado mais distante.
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O resultado disso é insegurança para confiar nos outros, timidez excessiva e possível isolamento por medo de se ferir novamente. Essa pessoa passa a acreditar que toda troca é perigosa, acabando por criar “parâmetros” sobre o que seria um parceiro ideal, que preencha os requisitos construídos com base em padrões inalcançáveis.
Entretanto, por outro lado, essa idealização pode cegar e fazer com que ela tenha grandes dificuldades para estabelecer um relacionamento equilibrado e saudável. Nisso, tende a se enredar em uma teia de dependência emocional e sacrifícios em nome do parceiro, que também pode ser uma fonte de sofrimento para ela.
Nas questões físicas, o lado médico de Quíron pede atenção à saúde dos rins, do aparelho urinário e das glândulas suprarrenais.
Quais são os desafios desse posicionamento?
Embora Quíron ainda não seja muito compreendido, ou mesmo “badalado”, ele traz pontos de extrema relevância para a nossa cura pessoal. Na Casa 7, ele pede um olhar mais esperançoso sobre as nossas relações.
E, como essa é uma casa em que o outro exerce protagonismo em nossa vida, é essencial um equilíbrio na forma de se relacionar. O maior desafio aqui é reaprender a confiar no outro, mas com maturidade, autossuficiência e amor-próprio, para que se saiba estabelecer limites saudáveis e evitar abusos.
É preciso também aprender a construir e nutrir boas relações – começando por si mesmo. Até porque quem garante que o tóxico é somente o outro? Sendo assim, vale a pena se conhecer melhor, entender o que impulsiona a dependência no outro, que gatilhos geram um afastamento ou a imersão em relações desequilibradas.
Para isso, é válido contar com a ajuda da psicoterapia (um agente importantíssimo quando o assunto é lidar com Quíron). Meditação e Yoga também são aconselháveis, pois são práticas que ajudam na introspecção e no equilíbrio com o eu interior.
Aprender a falar sobre os sentimentos e sobre tudo aquilo que incomoda é um caminho para aliviar o peso do sofrimento. Ter bons amigos ou parceiros em quem confiar é o caminho.
Nunca é demais ressaltar também que levar uma vida saudável (física e emocional) também é obrigatório. Praticar exercícios, manter a positividade (não a positividade tóxica, que fique claro), aprender a lidar com as emoções... fortalecer o seu interior.
E, como a sétima casa é o lar dos rins, Quíron aqui pede que se beba muita água e se evite ingerir alimentos ultraprocessados e ricos em sódio.
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Então que tal abrir o coração, reconhecer as próprias fraquezas e compartilhar a dor com o outro? Quíron é o curador ferido, portanto é por meio do compartilhamento do próprio sofrimento e do acolhimento à dor do outro que nos curamos e curamos o mundo. O centauro nobre e generoso, um símbolo de empatia, mora dentro de nós. Ele trilha o nosso caminho para a evolução e o equilíbrio, trazendo amor e cura sem julgamento.
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Equipe Horóscopo Virtual