Quíron na casa 3: pensamentos e ideias

Em nosso Mapa Astral, Quíron está relacionado com aquelas feridas praticamente incuráveis em nossa vida. Sua influência sobre um signo ou uma casa revela as vulnerabilidades emocionais nas áreas regidas por cada um deles. Por ser um elemento de extrema importância na análise de nossa personalidade, criamos uma série de artigos sobre as associações estabelecidas com ele. Aqui nosso foco é Quíron na Casa 3.

Você encontrará nesse artigo:

A Casa 3 é responsável pela nossa comunicação e pelas nossas experiências de aprendizado. Quíron posicionado nela revela todas as dores associadas às nossas habilidades de expressão e raciocínio. Compreender essa configuração permite que nos conscientizemos da importância de trocas saudáveis e de uma comunicação eficiente.

Siga com a leitura e descubra mais sobre a história de Quíron e seu papel na Astrologia, os aspectos e áreas regidos pela terceira casa, bem como os resultados dessa associação e os desafios a serem transpostos para uma cura efetiva. Vem com a gente!

Quíron no Mapa Astral

Mulher sentada na beira da praia

No Mapa Astral, Quíron simboliza a “ferida que cura” e representa nossas vulnerabilidades mais marcantes e as vivências doloridas que estruturam nossa identidade e são o ponto de partida para nossa jornada de evolução.

Assim, ele aponta o local dessas angústias, mostrando onde mais dói. Mas também nos coloca num caminho de busca pela cura, dando-nos a oportunidade de nos transformarmos e encontrarmos equilíbrio e paz interior.

Entenda melhor o que Quíron representa no Mapa Astral

Ao revelar essas feridas, Quíron vem como um pedido de atenção quanto ao nosso sofrimento. Ainda que machucado, ele busca nos acolher e permite que adotemos um olhar mais generoso sobre nós mesmos. Assim, podemos zelar por nosso bem-estar físico e emocional, cicatrizando essas feridas.

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As dores ligadas a esse elemento variam de acordo com o signo e a casa em que ele estiver posicionado. Entre as mais comuns, estão as feridas espirituais, as feridas de vidas passadas (aquelas que “herdamos” de outras vivências), as feridas físicas, as feridas emocionais e as psicológicas.
Quíron é o curador ferido porque faz da dor dele um reflexo da dor do outro, e a libertação do próprio sofrimento é também a libertação do sofrimento alheio e vice-versa.

O conto de Quíron

Quíron é um corpo celeste, descoberto pelo astrônomo norte-americano Charles Kowal em 1977. Obteve esse nome porque foi classificado como um centauro – termo que se refere a pequenos corpos do Sistema Solar que orbitam entre as órbitas dos planetas Júpiter e Netuno.

Na mitologia grega, também se denominava um centauro (ser híbrido, metade homem, metade cavalo). Era filho da oceânida Filira e do deus Cronos, sendo, portanto, resultado de um adultério. Sua mãe, envergonhada de sua aparência incomum, o abandonou na base do Monte Pélion (local onde viviam os grandes mestres gregos).

Encontrado pelo deus Apolo, Quíron então foi por ele adotado e educado, herdando a sabedoria dele e, com isso, desenvolvendo seus próprios dons. Especializou-se em medicina (com profundos conhecimentos sobre ervas e forças da natureza), filosofia, ética, ciência e as artes da caça e da guerra (porém apenas para a própria sobrevivência). Tornou-se mentor de vários heróis gregos, entre eles Aquiles, Hércules e Esculápio.

A sua analogia com a dor incurável vem de um episódio em que ele foi acidentalmente atingido pela flecha de Apolo, envenenada com o sangue da Hidra de Lerna (um preparo feito pelo próprio Quíron). A flechada não o matou – pois ele era imortal –, entretanto lhe infligiu dores lancinantes, já que o veneno era incurável.

Condenado a um sofrimento eterno, Quíron só conseguiu uma solução por meio de uma negociação feita por Hércules junto a Zeus, quando ofereceu trocar sua imortalidade pela vida de Prometeu – que, por roubar o fogo dos deuses, fora submetido a ficar amarrado a uma montanha e ter o seu fígado eternamente devorado por uma ave de rapina.

Assim, pôde repousar no reino dos mortos, libertando-se do sofrimento, e também liberou outra pessoa da dor. Em homenagem ao centauro, Zeus o colocou no céu como a constelação de Sagitário.

A Casa 3 na Astrologia

Na Astrologia, essa é uma das quatro casas cadentes – aquelas que distribuem as energias geradas pelas casas angulares e concentradas pelas sucedentes. Representa a comunicação, a aprendizagem e o intelecto e dita a maneira como nos expressamos, manifestamos nossas ideias e interagimos com os outros. Aponta também o quanto somos capazes de assimilar conhecimento e elaborar aprendizado, além de se referir à nossa capacidade de processar informações e ao modo como estruturamos o pensamento lógico.

A Casa 3 fala dos nossos alicerces sociais, da nossa possibilidade de ouvir e enxergar o outro, o que nos permite transformar nossa perspectiva sobre a vida, caso seja necessário. Está relacionada com o compartilhamento, a interação e as negociações — daí porque um outro tema dessa casa é a troca com os irmãos, parentes próximos, crianças e jovens. Ela representa, ainda, as pequenas viagens e mudanças, bem como os deslocamentos diários, e também a nossa dinâmica em relação a diferenças, mudanças e o meio que nos cerca.

A depender dos elementos que se posicionam nessa casa, vamos descobrir se preferimos nos expressar por meio da escrita ou da fala; se compartilhamos ou retemos o conhecimento; se nos expressamos bem ou não; se somos persuasivos; e assim por diante.

O que significa Quíron na Casa 3?

Agora que você já sabe quais são os temas Casa 3, já pode entender melhor qual é a energia de Quíron nessa área e onde você precisa dedicar um esforço empático maior. Veja como se desenrola esse posicionamento.

Na casa da comunicação, o curador ferido põe toda a sua energia na conversação e relação com pessoas do nosso cotidiano (primos, tios, vizinhos, colegas e qualquer um que viva próximo e com quem trocamos experiências).

De uma maneira geral, a dor tende a vir de pensamentos derrotistas e falta de confiança sobre a própria intelectualidade – provocados, em grande parte, por experiências do passado e trazendo uma série de desdobramentos para a vida cotidiana.
As feridas podem estar ligadas a conflitos com irmãos (por exemplo, na infância, essa pessoa pode ter sido preterida por algum irmão ou irmã, e até a vida adulta se sente fragilizada e relegada a segundo plano) ou à ausência deles.

Pode também ser um trauma associado aos anos de escola (bullying, isolamento, rejeição — tanto de si quanto de suas ideias). Ou, ainda, problemas de aprendizado que podem ter provocado a sensação de menos-valia.

A pessoa com essa configuração apresenta alguma dificuldade (emocional ou física) que a impeça de se expressar. Pode não conseguir conceber, concatenar e organizar os próprios pensamentos, o que gera medo de se expressar, por pensar que será rejeitada.

Tende a experimentar ora uma grande timidez, ora uma arrogância exacerbada ao valorizar suas ideias e conceitos, como um mecanismo de defesa quanto às próprias feridas internas.

Quais são os desafios desse posicionamento?

Homem desabafando com psicólogo

Quíron é a ferida aberta que pede a nossa dedicação, na esperança de encontrar um alívio, libertando-nos do aprisionamento e das angústias que nos travam no dia a dia. Aqui, ele demanda uma reordenação da nossa capacidade expressiva.

Dessa forma, os desafios de quem tem Quíron na terceira casa envolvem o esforço de compartilhar nossas aflições com quem caminha nessa mesma jornada dolorosa. Divulgar o que aprendemos e sentimos é um meio criativo para sairmos desse ciclo de sofrimento. Há pessoas que, por exemplo, escrevem livros, blogs, fazem podcasts.

Isso ajuda muito a dividir as dores com quem também as tem. Aí entra, de fato, o papel curador de Quíron: compartilhar as próprias aflições para que as impressões sobre elas possam gerar identificação e inspirar outras pessoas na mesma situação. É um pensamento como “Eu passo a mesma coisa que essa pessoa. Não estou só no mundo. Também preciso colocar pra fora o que sinto”.

Como a Casa 3 é a área do aprendizado e do conhecimento, uma ideia é usar os recursos dela em favor próprio, seja estudando sobre as próprias dores, seja buscando mais instrução na vida para compensar uma carência do passado, de todo modo é sempre bom adquirir conhecimento.

Saiba como ampliar a capacidade da sua mente

Conhecer novas pessoas e apreciar diferentes pontos de vista também é válido. Isso permite reciclar as ideias, ver a vida sob uma nova perspectiva, o que fomenta a criatividade e traz luz a soluções inovadoras para suas dores e preocupações.

Também é essencial buscar auxílio profissional, porque Quíron extrai da gente muitos traumas do passado, que vêm à tona quando a ferida irrompe. Dessa forma, é necessário lidar com eles de forma responsável e estratégica, e um psicólogo ou psicoterapeuta tem as ferramentas adequadas para isso.

Quíron vem para nos alertar sobre as nossas dores e também para direcionar nosso foco em sanar essas dores. Ele não vem para nos punir, e sim para que encontremos o nosso antídoto, um que seja eficiente, já que, sozinho, Quíron não consegue se curar. É um esforço conjunto, em que a tomada de consciência e o compartilhamento são essenciais.

Se você se identificou com tudo que dissemos aqui, há grandes chances de que sua Casa 3 esteja sob as energias quirônicas. Faça seu Mapa Astral aqui no Horóscopo Virtual e descubra. Além desse posicionamento, essa ferramenta completa vai trazer, de forma exata, todas as configurações que moldam quem você é. Está pronto para se conhecer melhor?

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